Como às vezes os outros conseguem por em palavras o que eu mesma gostaria de conseguir dizer, decidi citar aqui um texto de "A gaja" do Facebook, retirei algumas partes que não se aplicam a mim. Mas devo reforçar que este texto aplica-se a mim em mais do que uma relação falhada e não necessariamente a uma recente.
"(...) acabei uma relação que eu achava que era para valer. Nada mudou em relação a isso. Continua a doer-me cá dentro, onde dói quando estas situações acontecem. Dói muito mas, agora, consigo ter uma perspetiva mais abrangente sobre o que aconteceu. Sobre mim, sobretudo.
A verdade nua e crua é esta: não podemos dar a quem não está disposto a receber. Darmo-nos ao outro é um acto de generosidade e se, a priori, não devemos esperar nada em troca, é suposto recebermos sem pedirmos. E o que aconteceu foi exactamente o oposto.
Não me quero vitimizar - porque não sou uma vítima. O que sinto por mim é compaixão por não me ter protegido mais. Por não me ter salvaguardado de alguém que - esta é a triste verdade - nunca me deu amor. E sinto compaixão por ele, também, por não ter estado à altura.
(...) esperam que estejamos sempre bem. Que saiamos de uma situação dolorosa num piscar de olhos, que no dia a seguir estejamos super felizes, a postar fotos no Instagram, a escrever coisas super espirituosas e divertidas. Que passemos de palhaço triste para palhaço alegre numa questão de segundos.
NUM BAI DAR.
A certeza que tenho agora é esta: não há problema nenhum em estar triste. Até é bom estar triste. Porque se estamos a sofrer e optamos por enterrar tudo cá dentro e sorrir como se nada se passasse, o que é que vai acontecer depois? Vamos rebentar, vamos explodir.
(...)
E, embora eu esteja infinitamente feliz por eles (amigos), sinto também tristeza e frustração. "Porque é que eles conseguem e eu não?!" É um pensamento mesquinho e egoísta? É. Não me sinto bem a pensar desta forma. Mas é o que penso de vez em quando.
Mas esses sentimentos são a expressão de outra coisa, bem mais profunda, que eu neguei durante muito tempo: eu gosto de compromisso. Eu quero compromisso. E, apesar de gostar de paixões fugidias, não é isso que me preenche. Eu gosto genuinamente de estar numa relação. Desde que, claro, essa relação seja uma parceria, desde que haja amizade, respeito, desejo. AMOR. (...)"
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