sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Hoje farias 37 anos...

Mais um ano que passou, já é o 4º aniversário que não passas conosco. Nem consigo acreditar que já passou este tempo todo. Ainda custa muito deparar-me com a dura realidade de que já aqui não estás. 
Claro que as nossas vidas continuaram, mas nunca mais foi a mesma coisa. A minha vida nunca mais foi a mesma desde que acompanhei a tua doença e, infelizmente, os teus últimos dias. Nunca mais "olhei" para a vida da mesma maneira. Nunca mais nada foi igual.
Agradeço ter podido estar contigo pouco tempo antes de partires, ou seja, ter tido a oportunidade de me despedir (mas uma pessoa nunca sabe quando é a última vez que vemos alguém com vida!) Mas tu nunca devias ter partido... A vida é muito injusta! Toda a gente te adorava; não havia uma única pessoa que não ficasse bem disposta ao pé de ti. Eras a representação viva de alegria, boa disposição e amor pela vida. Marcaste a vida de todas as pessoas que te conheceram. Tinhas ainda tanto para dar e para viver. 
Penso tantas vezes, "Como é que isto aconteceu? Porquê?"
O tempo passa, mas não cura. A saudade dói e aumenta em vez de diminuir. Tantas saudades de te ouvir chamar-me "teacher" e de me convenceres (até hoje não sei como!) a fazer coisas que eu não queria fazer! Até hoje mais ninguém conseguiu tal proeza. (Mas tu eras única e ninguém algum dia te substituirá no meu coração)
Restam-me as memórias que não quero esquecer nunca (mesmo as dos momentos que foram menos bons entre nós). 
Quero acreditar que me vês e segues de onde quer que estejas e que te vais assegurar que um dia eu seja muito muito feliz!


Mesmo sem cabelo sempre linda




quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Ano letivo (cont)

Prometi voltar a este tema e não o fiz... (Acho que mais por preguiça e por receio de me repetir do que outra coisa).
Na verdade, tenho pouco a acrescentar. Sinto-me um pouco "professora fantasma" na mesma. Não sou importante nem faço a diferença para ninguém... É aquela sensação "estar ou não estar é exatamente a mesma coisa".
O meu entusiasmo pelo ensino manteve-se e mantém-se igual... Vou às escolas, cumpro o meu horário, cumpro as minhas obrigações, mas sentir prazer pelo que faço... Sorry, mas não sinto.
Mas para perceberem que os meus dias raramente são monótonos posso contar-vos duas situações que tive com uma professora titular, minha colega (supostamente, porque o modo como me trata é como se eu fosse sua subordinada). 
Nas duas primeiras aulas deixou-me o quadro todo escrito e escrito a vermelho "Não apagar". Claro que nessas aulas não pude escrever no quadro, nem os alunos no caderno, pois não tinham de onde copiar. Falei com a coordenadora da escola sobre essa situação e passei a poder usar o quadro. O tempo foi passando e eis que um destes dias chego à mesma sala e tenho um recado dirigido a mim no quadro. O recado dizia para eu não usar os materiais que estavam na gaveta porque eram pagos por ela (da professora titular). Fiquei chocada e surpreendida, até porque apenas tinha usado canetas do quadro e pensava que eram da escola. Além do facto de me ter exposto aos alunos daquela maneira, a forma como foi escrito o conteúdo também não foi a mais adequada. Eu, como sou um bocadinho diferente dela, respondi ao recado numa folha de papel que deixei dentro da gaveta, pedindo desculpa pelo sucedido, que não voltaria a acontecer, que pensava que os materiais eram da escola e que a partir dali usaria os meus próprios materiais.
Sem querer fazer mais comentários sobre estas situações, deixo apenas esta pergunta "Acham isto normal?".
Conclusão: não me parece que algo vá mudar ou melhorar daqui para a frente... Talvez seja eu que esteja mal neste nível de ensino e por isso me sinta tão desmotivada... Não sei... Certo é que necessito de respirar fundo e encontrar energia para vir trabalhar todos os dias.

Reflexões (provavelmente) sem nexo

Não tenho andado muito inspirada para escrever, por isso este texto poderá parecer uma grande mistura de coisas que me passam pela cabeça. 
Tenho conta no Facebook e também no Instagram. Vejo mais as publicações dos outros do que publico, é verdade. Acho que um dos motivos pelos quais não publico muito é por achar que a minha vida não é tão interessante como as publicações que vejo. Penso muitas vezes "Mas o que interessa isto que vou publicar às outras pessoas?" "Será que é realmente assunto para pôr numa rede social?"
A verdade  é que a maioria das publicações que vejo é de pessoas super felizes, com famílias maravilhosas, com passeios e programas de fazer inveja. Depois questiono-me.. "Sou só eu que tenho uma vida menos cheia (vazia até) que não encontro nada de relevante para publicar?" 
Pergunto-me também se toda aquela felicidade mostrada ao mundo é verdadeira; se todos aqueles momentos são realmente vividos da forma como são mostrados ali... 
Admito que as redes sociais me fazem pensar...
Vejo pares improváveis, mas felizes, claro! Vejo toda a gente ser pai/mãe... super felizes, também, obviamente, como se fosse sempre tudo uma maravilha com os filhos (eu não devo opinar sobre isso, não tenho essa legitimidade, pois não sou mãe... já sei). Vejo toda a gente a viajar e a fazer férias incríveis; a almoçar e jantar em restaurantes XPTO. E claro, a velha pergunta que me persegue "E eu, serei normal por não ter uma vida semelhante?" 
Tenho uma amiga que me está sempre a dizer "Dentro de quatro paredes só quem lá está sabe o que lá se passa"... Até acredito que possa ser assim; mas de certeza que há pessoas que são felizes e que nem todas as publicações são "falsas". Certo?
Quanto a mim, já me custa convencer a mim própria que sou normal e que a vida que tenho deve ser igual à de outras pessoas. Ou seja,  não devo ser a única mulher que tem 37 anos, está solteira, vive sozinha, não tem filhos, não viaja tanto quanto gostaria, tem um emprego instável e não está sempre de bem com a vida. Ou serei? À minha volta não conheço ninguém exatamente na mesma situação do que eu (o que só aumenta a crença na minha anormalidade). Admito que muitas vezes me sinto anormal por ser e viver de maneira tão diferente. 
Além disso, não ando sempre com um sorriso na cara e zango-me muitas vezes com a vida e com as coisas que (não) me acontecem. Será que a minha vida é assim porque sou eu que não sei lidar com as situações que acontecem? Não sei... E se alguém que me conhece sabe a resposta também ainda não ma deu.
Claro que se me perguntarem " É esta a vida que sonhaste para ti?" Não, não é. Mas fazer o quê? É a que tenho e é esta que me espera todas as manhãs quando acordo. 
No entanto, no fundo, bem no fundinho, mas mesmo bem lá no fundo, acredito (até porque se deixar de acreditar o que ando aqui a fazer?) que "o melhor ainda está para vir" (também me foi dito pela mesma amiga), que não vou ficar sozinha e que um dia acordarei com uma vida diferente, mais perto daquilo que sempre sonhei para mim. 

domingo, 12 de novembro de 2017

Look do dia #4

Deixo-vos um look de outono, confortável e leve de um sábado à noite.

Calças pretas e top mostarda com folho Pimkie

carteira preta Mango
Botas pretas Tapadas




casaco animal print H&M